PURRINHA
Relatório
“Purrinha”, também conhecido como “jogo dos palitinhos” ou ainda “basquete de bolso” é uma diversão típica dos bares e botequins. Pode ser jogado usando palitos de dente, de fósforo ou até mesmo moedas. O objetivo é adivinhar qual a soma dos itens escondidos na mão de todos os participantes na mesa do bar. Quem conseguir não pagará a conta.
Não existe número máximo de participantes, mas cada um só pode dar um palpite. Durante uma partida de purrinha, cada pessoa pode apresentar entre zero e três palitinhos na palma de sua mão. Quando nenhum palito é usado se diz que é “Lona”. Tradicionalmente não se pode vir de lona na primeira rodada. A roda gira no sentido horário, e o primeiro a palpitar numa rodada será o último na seguinte.
Uma das possibilidades para o surgimento do jogo está entre os Romanos, que há séculos possuíam um jogo chamado “Morra” (pronuncia-se Mórra). Nele, era preciso levantar o punho com a mão fechada e depois abaixá-la rapidamente levantando entre zero e cinco dedos. Ao mesmo tempo, falava-se em voz alta o palpite da quantidade de dedos somados entre os jogadores.
Para alguns pesquisadores, foram os imigrantes italianos que trouxeram o jogo da Morra para o Brasil e, a partir dele, derivou-se Porrinha e, depois Purrinha. Seu domínio nos botecos portugueses por aqui, podemos lembrar, pode ter tido alguma influência nesta nomenclatura. Afinal, “porra” em terras lusitanas é como se chama um bastão, e os palitos – como se passa a jogar – são bastõezinhos.
A modalidade é especialmente popular no Rio de Janeiro e adjacências, onde volta e meia encontramos inclusive campeonatos e torneios oficiais de purrinha. Na disputa não basta ter sorte, é preciso também muito de matemática.
PURRINHA
Tipo: Desafio
Elemento: Firula
Condição de Vitória:
Escolha uma carta da sua Mão e coloque-a virada para baixo. Seu oponente faz o mesmo. Seu objetivo é chutar a soma dos PFs das duas cartas. As cartas voltam para a Mão depois disso.
Especial:
Se não conseguir em três turnos, troque de Desafio.
Artista: Daniel Brás
Fontes
– CASCUDO, Luís. Dicionário do Folclore Brasileiro. São Paulo: Global, 2002.
– MORETZSOHN, José. Porrinha: Um esboço de pesquisa. Jangada Brasil, Rio de Janeiro, ano 3, n. 37, set. 2001.